Tecnologia, inovação e revolução



Ciberespaço, convergência, facebook e Folha de São Paulo. O que será que está acontecendo?

Por Regiane Garcia
Fonte:  Pixabay

"As grandes tecnologias digitais surgiram, então, como a infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo mercado de informação e do conhecimento." (Pierre Lévy, 1999)

Lévy disse isso há quase uma década, mas é tão real quanto o sol que nasce e a chuva que cai. Percebemos então que estamos vivendo apenas uma intensificação daquilo que já existia.

Nossa necessidade de tudo ser para ontem e querer todas as informações a tempo e a hora vem criando uma espécie de bolha, e os nossos queridos algoritmos têm tornado os usuários, cada vez mais, habitantes de um mundo paralelo à realidade.
Dentro desse ciberespaço, aproveitamos todas os tipos de ferramentas disponíveis nas redes sociais para manifestar sentimentos, militâncias, sermos entendedores de qualquer assunto.   

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Diante disso, as grandes e pequenas empresas tiveram que se reinventar para entrar dentro da bolha que cada um vive na tenacidade de serem bem aceitas por nós, usuários.

Henry Jenkins chama esse “reinventar” de convergência, quando diz em seu livro Cultura da Convergência que “convergência é uma palavra que consegue definir transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais, dependendo de quem está falando e do que imaginam estar falando.”

Folha de São Paulo e Facebook

Recentemente, a Folha de São Paulo tomou a decisão de não mais publicar em sua página do Facebook. A plataforma anunciou que alteraria seus algoritmos para que os usuários pudessem consumir mais dos conteúdos de sua rede de amigos e menos de  páginas que oferecem notícias e de marcas.

O parecer da Folha, se deve aos reflexos após a mudança do Facebook que o conteúdo a ser consumido favorecerá ainda mais as bolhas de opinião, bem como uma maior propagação das fake news.
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De acordo com uma entrevista ao historiador Andrew Keen, para a Folha de SP, já era previsto o surgimento das Fake News e as “crises da mídia tradicional diante da ascensão da opinião de amadores na rede mundial”.

Keen “acredita que nos próximos 15 anos a inteligência artificial vai mudar todas as indústrias e todos os relacionamentos humanos”.


Quanto à questão da decisão da Folha ser certa ou errada, não temos como definir algo de fato, pois o próprio Andrew acredita que a mesma tecnologia que nos leva à essa “crise” e a mesma que irá nos tirar dela.

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